Há pessoas que têm o dom de transformar qualquer encontro em um abraço coletivo. Preta Gil era assim: generosa na presença, intensa nos gestos, capaz de fazer do cotidiano uma celebração. Sua partida nos atravessa não só pela ausência, mas pelo convite silencioso que deixa: o de viver agora, com amor e presença.

Ela nos lembra que a vida não se mede apenas nos grandes feitos, mas nos detalhes que quase sempre passam despercebidos — um café compartilhado, uma mesa posta com carinho, um “eu te amo” dito sem pressa. No fundo, é disso que nos alimentamos: dos pequenos rituais de afeto que dão sentido aos dias comuns.

Talvez seja hora de reaprender a celebrar. Não como quem espera datas marcadas no calendário, mas como quem reconhece que cada dia é, em si, um motivo. Talvez seja hora de perceber que o agora é um tempo precioso, e que transformar momentos simples em memória é um ato de coragem e gratidão.

Que o legado de amor e acolhimento que Preta deixou nos inspire a criar os nossos próprios rituais — aqueles que aquecem o coração, fortalecem vínculos e nos lembram de que a vida, mesmo breve, pode florescer em gestos pequenos.


 

(E assim, sem alarde, a semente está plantada: transformar encontros em rituais é também o que guia o trabalho que fazemos por aqui. Mas isso… você descobre vivendo.)